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Para Girão, regulamentação das bets tem de impedir vício em jogo

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Em pronunciamento nesta segunda-feira (20), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) comemorou os avanços feitos na Comissão de Esporte (CEsp) há duas semanas, durante a análise do PL 3.626/2023, que regulamenta as apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets. O projeto tem votação marcada para a manhã de terça-feira (21) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pode ser votado à tarde em Plenário.

Uma das mudanças sugeridas por Girão e acatadas no relatório do senador Romário (PL-RJ) na comissão é a destinação de um percentual da arrecadação de impostos gerada pelo texto para o tratamento dos ludopatas (pessoas viciadas em jogo). Outro ponto recomendado pelo senador e aceito na comissão  foi a exclusão dos jogos digitais e de máquina da regulamentação das apostas esportivas.

— Nós não podemos permitir jogos proibidos que sejam legalizados na mesma plataforma, ou seja, aqueles cassinos online, caça-níquel e bingos online. Está lá o jabuti [tema estranho ao texto], dentro dessa proposta de apostas esportivas, que não tem nada a ver com essa questão daqueles jogos de sorte, de azar, porque ali a manipulação é muito maior do que o que acontece no próprio futebol. Hoje você não sabe se aquilo está tudo combinado, se não está — alertou o senador.

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Na visão de Girão, o cenário ideal seria a proibição de qualquer tipo de aposta, mas, na impossibilidade de que isso aconteça, é dever dos senadores tentar manter o que foi conquistado na CEsp.

— Nós conseguimos, ali, colocar travas, que funcionarão realmente para tentar barrar esse grande mal maior, com a regulamentação dessa tragédia anunciada. Essas conquistas nós não podemos perder de jeito nenhum lá na Comissão de Assuntos Econômicos amanhã porque senão vai ficar um pandemônio.

Atletas

Girão também defendeu a proibição de patrocínio dessas empresas de apostas esportivas em arenas, ginásios ou quaisquer outras praças de esporte; e a proibição da realização de propaganda das bets por atletas, ex-atletas, comissão técnica, árbitros e técnicos de futebol.

Para o senador, todos os valores do futebol estão sendo subvertidos em nome do vício. O interesse dos ricos, disse o senador, leva os menos favorecidos e mais vulneráveis para o vício nas apostas. Para Girão, um o governo que se diz preocupado com o social não pode empurrar as pessoas para a miséria.

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Correção

Durante sua fala, o senador também corrigiu uma informação que havia sido dada por ele em pronunciamento na última semana.

— Eu tenho que retificar uma informação equivocada que eu dei aqui, durante a última sessão, sobre um vídeo que circula nas redes de uma mulher parecida com a Dama do Tráfico dialogando com o ministro [da Justiça, Flávio] Dino. A mulher do vídeo é, de fato, a humorista Vi Álvares, e não a Luciene [Barbosa Farias] que é, sim, a Dama do Tráfico. Então, é importante, por justiça, que se faça essa retificação, embora eu reitere o conteúdo do restante da fala. Peço desculpas ao ministro por esse erro que foi detectado, e o faço aqui, exatamente no Plenário, justamente o espaço em que, alguns dias atrás, eu tinha reproduzido algo que vi nas redes sociais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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Comissão aprova realocação de recursos de fundos de saúde por entes federativos

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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 71/23 que permite a realocação, por estados, municípios e Distrito Federal, de recursos dos fundos de saúde provenientes de repasses federais. A medida se refere ao dinheiro remanescente em contas criadas antes de 1º de janeiro de 2018. Pela lei atual, esse dinheiro deveria regressar à União.

O objetivo, segundo o autor, deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), é aprimorar a aplicação dos recursos na área da saúde.

“Não é razoável que os saldos remanescentes dos recursos financeiros disponíveis constantes nas contas dos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios sejam redirecionados à União, em detrimento de serem remanejados em seus locais de destinação, conforme a necessidade de cada ente”, disse.

Relator, o deputado Fernando Máximo (União-RO) defendeu a aprovação do texto. “A flexibilização dessa alocação permite maior eficiência e adaptabilidade às demandas imediatas, garantindo uma resposta mais ágil e eficaz pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS)”, reforçou.

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A medida altera a legislação que concedendo prazo para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios executem atos de transposição e de transferência e atos e de transposição e reprogramação (Lei Complementar 197/22).

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será apreciada pelo Plenário.

Conheça a tramitação de projetos de lei complementar

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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