Simone Inzaghi, por outro lado, nunca venceu a competição. Aos 49 anos, está em sua segunda final em três temporadas. Se vencer, se tornará o segundo técnico italiano a levar a Inter ao topo da Europa (último foi José Mourinho, em 2010). A vitória o colocaria em um novo patamar internacional, comparável à ascensão meteórica de Roberto Di Matteo em 2012, quando conquistou a Champions pelo Chelsea e mudou o status de sua carreira, mesmo com curta permanência no cargo.
Elencos em contraste: investimento vs. continuidade
O PSG, mesmo sem Kylian Mbappé,que já deixou o clube rumo ao Real Madrid, conta com um elenco valioso. Destaques como Ousmane Dembélé, Gonçalo Ramos, Vitinha e Donnarumma assumem o protagonismo, junto do iluminado Bradley Barcola. A ausência de Mbappé não diminui o poder ofensivo do time, que tem a terceira melhor campanha geral e o ataque mais positivo da competição.
A Inter aposta na consistência. O elenco base vice-campeão de 2023 foi mantido e reforçado pontualmente. Lautaro Martínez, artilheiro do time e capitão, é o símbolo de uma equipe equilibrada, com forte organização defensiva e um meio-campo coeso comandado por Nicolò Barella e Hakan Çalhanoğlu.
Impacto direto na carreira dos atletas
Vencer a Champions League significa mudar de prateleira. Jogadores campeões tendem a valorizar seus passes — o CIES Football Observatory estima que atletas que vencem o torneio podem ter seu valor de mercado inflacionado em até 25%. Além disso, títulos europeus costumam ser determinantes nas votações da Bola de Ouro e do The Best.
Recompensas em jogo: títulos, premiação e calendário
Além do troféu e do prestígio, o campeão da Champions 2025 leva para casa uma premiação de € 2 bilhões (aproximadamente R$ 11,25 bilhões). O vencedor também garante vaga na Supercopa da UEFA, contra o campeão da Liga Europa (Tottenham ou Manchester United), e terá lugar assegurado no Mundial de Clubes da FIFA de2029. Importante mencionar também que a exposição mundial e os contratos de patrocínio associados à conquista impulsionam receitas e consolidam marcas.
O peso comercial: a Champions no topo
A Champions League é o evento esportivo anual mais assistido do planeta. Em 2023, a final teve mais de 450 milhões de telespectadores em 200 países. É o maior produto comercial do futebol de clubes e perde apenas para a Copa do Mundo da FIFA e os Jogos Olímpicos em termos de audiência global. Para os clubes, a vitrine é incomparável: acordos de patrocínio, venda de camisas, direitos de imagem e cotação de atletas disparam com um título europeu.
A linha entre o épico e o trágico
A magnitude do palco também cobra seu preço. A história mostra que um erro pode custar caro. Foi o que aconteceu com Loris Karius, goleiro do Liverpool na final de 2018. Após falhas decisivas diante do Real Madrid, sua carreira desandou: foi emprestado, perdeu espaço no cenário europeu e nunca mais teve a mesma projeção. Em um jogo com tamanha repercussão, o acerto vira glória, mas o fracasso, muitas vezes, vira fardo.
Muito além do troféu
A final de Munique pode mudar o curso da história recente de dois gigantes. Para o PSG, o título significaria a tão sonhada consagração continental depois de anos de investimento pesado. Para a Inter, seria a reafirmação do clube como potência tradicional do futebol europeu, voltando ao topo 15 anos depois. Para os atletas e técnicos, uma noite em campo pode representar uma carreira inteira.