Eleita com um discurso de moralização e de combate á corrupção, futura prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), saiu em defesa do seu futuro secretário de Desenvolvimento Econômico, Samir Bosso Katumata, acusado de desviar cestas básicas em um processo que corre em sigilo.
Em declaração ao nesta terça-feira (12.11), Moretti divergiu de posturas anteriores, em que apontava o dedo para acusados de corrupção e preferiu afirmar que não há provas contra o seu futuro secretário.
"Eu como boa advogada analisei todo o processo que teve, administrativo, não tem nada contra ele, nada de provas, nada que incrimine ele, eu analisei o processo antes de nomeá-lo a secretário", afirmou a prefeita eleita.
O processo de desvio de cestas básicas ocorreu à época do governo Pedro Taques, onde ele atuava como assessor especial da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setasc).
Em 9 de março de 2023, Samir foi alvo de busca e apreensão realizada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) devido ao desvio de 240 cestas básicas que deveriam ter sido distribuídas pela Setasc a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Samir Japonês disputou uma vaga de vereador em Várzea Grande na eleição de 2024, obtendo 1.196 votos e ficando como primeiro suplente do PL, que elegeu os vereadores Bruno Rios, Caio Cordeiro e Lucas Chapéu do Sol.
Em 2021, Samir também foi preso junto com a atual esposa e a ex-mulher em um caso de violência doméstica. Moretti, no entanto, defendeu o futuro secretário.
"Quanto a violência doméstica eu não tinha ciência, fiquei ciente, não é uma violência doméstica com ele, foi uma briga familiar com outra pessoa, estive com ele e a esposa dele e para mim está sanado", declarou a prefeita.